O
ataque seria uma retaliação pelo confronto na aldeia no úlitmo dia
07.11; um índio morreu e dois agentes e dois índios ficaram feridos
Três
mil índios da etnia Munduruku ameaçam invadir Alta Florenta (800 km de
Cuiabá), neste fim de semana. A informação de que os índios estão se
preparando para atacar a cidade chegou até a Polícia Federal, na noite
de ontem (9). Cerca de 100 homens, entre agentes da PF, militares e
civis foram mobilizados para "guardar" cidade.
Após
ser ferido por um federal durante o confronto durante a explosão de uma
balsa, o índio Adenilson Crishi Munduruku, foi encontrado morto 24h
depois no Rio Teles Pires. Os índios enfrentaram atirando e flechando
nos policiais.
Segundo
o superintendente da Polícia Federal no Estado, César Augusto Martinez,
índios representantes da Fundação Nacional do Índio (Funai), passaram a
informação de uma ameaça de invasão para os federais, que já se
preparam para a defesa da cidade, e não negam o clima de tensão
existente na região. “Não foi confirmada a invasão, mesmo assim
federais vão permanecer no local, pois não podemos ignorar ameaças”,
afirmou.
O
superintendente disse ainda que o conflito ocorrido na última
quarta-feira (07.11), não era esperado, mas os agentes foram
surpreendidos por cerca de 60 índios com arcos e flechas e armas de
fogo. Martinez contou que no dia anterior, os federais haviam conversado
durante toda a tarde com os índios e com a Funai.
Segundo
as investigações, cada balsa explodida pelos federais, dava um lucro de
R$ 30 mil aos índios, com a extração ilegal de ouro. No local, a
polícia encontrou 16 balsas, ao ver a detonação, os índios não
resistiram e partiram para atacar os policiais. O delegado garante ainda
que, mesmo com o confronto, a Operação Eldorado foi bem sucedida.
OPERAÇÃO ELDORADO
O
objetivo da operação era desarticular organização criminosa dedicada à
extração ilegal de ouro em terras indígenas Kayabi e garimpos ilegais na
região do rio Teles Pires, estado de Mato Grosso para posterior
comercialização no Sistema Financeiro Nacional (SFN).
A
operação consistiu no cumprimento de 28 mandados de prisão temporária,
oito mandados de condução coercitiva e 64 mandados de busca e apreensão,
os quais foram cumpridos nos estados de Mato Grosso, Pará, Rondônia,
Amazonas, São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.
As
investigações, que tiveram início em fevereiro deste ano, verificaram
que o ouro extraído das áreas indígenas e dos garimpos ilegais, era
adquirido por empresas Distribuidoras de Títulos de Valores Mobiliários –
DTVM's e, após dissimular a origem, era vendido como ativo financeiro
para investidores em São Paulo. Em dez meses de investigação, foi
possível constatar que uma das empresas distribuidoras, das três
envolvidas no esquema, movimentou mais de R$ 150 milhões.
O
ouro era extraído através de balsas garimpeiras ilegais. No total, cada
balsa rendia um valor de R$ 500 mil por mês, totalizando R$ 84 milhões
ao ano. Cada balsa pagaria aos índios da aldeia o valor de R$ 30 mil,
totalizando a quantia de R$ 420 mil mensalmente. Por determinação
judicial, foi iniciado o trabalho de inutilização das mencionadas balsas
na terça-feira, 06/11.
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