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segunda-feira, 20 de agosto de 2012

TORTURA: O motivo do sucesso da China nas Olimpíadas



Assistir a vitória da nadadora Ye Shiwen nos 400 metros medley na última terça-feira, 31, traz à memória outra história: o fenômeno da Alemanha Oriental, Petra Schneider, que nos Jogos Olímpicos de Moscou, em 1980, após uma vitória estonteante, fez suas rivais (inclusive a britânica Sharron Davis, que ganhou a prata) parecerem meras mortais.
Após sua inquietante vitória,Petra Schneider, em entrevista ao jornalista David Jones, revelou seu segredo.
Identificada como uma campeã em potencial quando ainda era uma criança, Schneider foi retirada da escola e levada para um rígido campo de treinamento, onde era mais conhecida como “Atleta 137″ (seu número de identificação) do que pelo seu próprio nome.
A partir daquele momento, Schneider passou a dedicar cada minuto do seu dia a trazer a glória da natação para seu país. Para elevar sua capacidade de manter o oxigênio nos pulmões, a nadadora era forçada a treinar em um compartimento a vácuo que sugava todo o oxigênio ao redor.  Além disso, era obrigada a manter uma dieta rigorosa, rica em fibras e receber aplicações de esteróides com tanta frequência que a fez sofrer sérios problemas de saúde aos 30 anos.
Teria ocorrido o mesmo com Ye Shiwen? A nadadora chinesa, mesmo ainda sendo uma adolescente, exibe o mesmo tipo físico masculinizado. Segundo a mãe de Ye Shiwen, Qing Dingyi, a filha demonstrou a vontade de ser nadadora profissional a partir dos sete anos de idade. Mas, na verdade, Shiwen foi escolhida pelo seu tipo físico: mãos e ombros largos.
Após ser tirada de seu modesto apartamento em Hangzhou, Shiwen foi levada para a escola de esportes Chen Jingluin, e aos 11 anos ganhou seu primeiro campeonato juvenil. Contudo, seu treinamento incluía uma dieta e disciplina tão rígidas, que sua vida se assemelhava à de prisioneiros do século XIX.
Na China, crianças que a grande maioria das autoridades desportivas julgaria muito jovens para competir, são tiradas de seus pais e alojadas nesses campos de treinamento. Muitas são treinadas até a exaustão e o choro, e há relatos de espancamentos por parte dos treinadores. Casos alguma delas se esqueça da razão de estar ali, há uma placa com a palavra “ouro” escrita em letras garrafais pendurada na parede.
Em janeiro deste ano, fotos chocantes que mostravam crianças chinesas chorando de dor enquanto eram forçadas a treinar foram postadas na internet.
Esperança de mudança
As futuras estrelas infantis da China são ensinadas desde a mais tenra idade a dar respostas sutis às perguntas
dos jornalistas. Porém, há sinais de que a atual geração de atletas olímpicos chineses, talvez encorajada e despertada por novas mídias sociais, estão começando a se rebelar.
Esta semana a companheira de equipe de Ye Shiwen, Ying Lu, de 23 anos, arriscou causar sérias repercussões a Pequim, atacando o regime da China, seu treinamento repetitivo e dizendo o quanto ela preferia viver no sistema mais livre e mais agradável da Austrália, onde ela foi autorizada a treinar antes dos Jogos.
Recentemente, outros ex-atletas chineses quebraram o sigilo e descreveram como foram treinados de forma desumana nos campos de treinamento, que eles mal podiam cuidar de si mesmos quando suas carreiras terminaram, muito menos encontrar um emprego e se casar.
O fim do silêncio traz a esperança de mudança e de que, no futuro, histórias como as de Ye Shiwen e Petra Schneider nunca mais se repitam.

Medalhista de ouro no trampolim de três metros nos saltos ornamentais, a chinesa Wu Minxia (foto abaixo) não teve muito tempo para comemorar: sua família resolveu contar segredos guardados há mais de um ano com o intuito de não atrapalhar o treinamento da atleta – A morte da avó.

Fonte: Daily Mail-Forging of the Mandarin mermaid: How Chinese children are taken away from their families and brutalised into future Olympians

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POSTAGEM DO JOSIMAR FONTENELE LIMA

jfontenele